Com o crescimento da economia verde, os produtos originados no setor florestal, que são reutilizáveis, recicláveis e, muitos deles, biodegradáveis, ganham espaço na indústria e no dia a dia das pessoas. Com isso, os investimentos do setor representado institucionalmente pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) apresentam crescimento. A entidade atualizou a projeção de investimentos do setor de florestas plantadas e calculou aporte de R$ 32,6 bilhões no período entre 2020 e 2023. Entre 2014 e 2018, o setor investiu, apenas em ampliação, mais de R$ 20 bilhões.
Os números englobam os segmentos de celulose, papel e painéis de madeira em seis Estados e representam um aumento na produção de celulose em 3,2 milhões de toneladas; 1,9 milhão de toneladas de celulose Solúvel; 1,2 milhão em papel; enquanto painéis de madeira subam em 570 mil m3 de MDF e 450 mil m3 de serrados. O presidente da Ibá, Paulo Hartung, reforça que esses recursos envolvem toda a cadeia de operações florestais, desde o plantio até a fabricação do produto final, inclusas as áreas de tecnologia e inovação.
Estão previstas obras para construção de pelo menos sete novas fábricas. A expectativa é que o setor gere nesse período mais de 35 mil empregos durante as obras e outros 11 mil empregos diretos após as unidades entrarem em operação.
Segundo dados da associação, deste total, R$ 20,4 bilhões serão investidos em unidades que irão produzir celulose e papel kraftliner para embalagens, reforçando o protagonismo da embalagem em papelcartão na bioeconomia.
Além disso, Horacio Lafer Piva, presidente do Conselho da Ibá, explica que as pesquisas e desenvolvimentos desse segmento ampliam cada vez mais o número de produtos com origem em árvores cultivadas, o que pode ser visto na ampliação em investimentos em unidades com outros produtos, como a celulose solúvel, fonte para diversas aplicações, principalmente têxtil, com a viscose. Esse segmento vai contar com investimentos de R$ 10,5 bilhões até 2023 com recursos da Bracell, R$ 7 bilhões em São Paulo, e da Duratex, R$ 3,5 bilhões, em Minas Gerais.
Além desses projetos, estão previstos recursos para painéis de madeiras da Berneck em Santa Catarina (R$ 900 milhões); papel imprimir e escrever com R$ 600 milhões da IP no Mato Grosso do Sul; e outros R$ 200 milhões a Anin para tissue no Mato Grosso do Sul.
Fonte: Graphprint