Jornais e revistas especializadas ainda serão lidos daqui a dez anos, afirmam entrevistados. Já a produção automatizada de notícias por computadores é encarada com ceticismo pela maioria.Mais da metade dos alemães acredita que jornais e revistas continuarão sendo relevantes daqui a dez anos, segundo uma pesquisa sobre o futuro das mídias impressas feita pela empresa Statista, sob encomenda da associação de economia digital nextMedia Hamburg.
A declaração "mídias impressas estarão mortas daqui a dez anos" foi rejeitada categoricamente por 15% dos entrevistados, e outros 42% disseram que discordam. Na outra ponta, 9% disseram que declaração é totalmente acertada, e 34% disseram que provavelmente será assim.
Segundo o levantamento, pouco mais da metade dos entrevistados acredita que jornais diários e semanais, assim como revistas especializadas, ainda terão importância para eles no futuro. Revistas de notícias e imprensa sensacionalista só têm 29% e 26%, respectivamente, de potenciais leitores em dez anos.
A pesquisa apontou também que existem receios em relação às novas possibilidades tecnológicas, como notícias escritas de forma automatizada por computadores. Mais de três quartos dos entrevistados têm uma opinião negativa sobre elas, enquanto 20% julgam que depende do assunto. Só 3% não têm restrições ao jornalismo feito por software.
Mesmo assim, 21% acreditam que a inteligência artificial vai se impor na produção de notícias. Outros 45% não acreditam nisso e 34% afirmaram que não têm uma resposta à pergunta.
Dos consultados, 18% disseram que notícias automatizadas são confiáveis, enquanto os demais não acreditam nelas ou não sabem responder. Pelo menos num ponto a maioria dos entrevistados concordou: 91% acham que notícias escritas por programas de computador precisam ser identificadas como tal.
A pesquisa ouviu mil pessoas entre 18 e 65 anos entre os dias 17 e 24 de maio na Alemanha.
Fonte: Guia do Gráfico